Nestes dias de tristeza,
desencanto
intentando encontrar um lenitivo
que me faça resistir, mantendo ativo
intentando encontrar um lenitivo
que me faça resistir, mantendo ativo
o motor que pulsa no
esquerdo canto
Percorrendo o nosso ontem, teço pranto,
recordando dos momentos que,
passivo,
vi morrer a míngua o que me
punha vivo:
teu amor, tua doçura; tanto
encanto
Nestes dias de tristeza, só
a morte
viraria a mesa e, talvez,
com sorte
sob a terra, a sete palmos,
os meus ossos
Serviriam, para os vermes,
de alimento
e a alma encontraria o
lenimento
que não tenho nestes dias;
só remorso
LENIMENTO – Lena Ferreira
– maio/13
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