Deitada no teu peito, ternamente
coberta pelos dedos consagrados
isenta de pudor e de pecado
sussurro poesias lentamente
Percorro tua pele que, tão quente,
derrama-se em suores destilados
inflama, alma a alma, lado a lado
e aumenta o desejo já ardente
A chama acesa permanece pura
enquanto o amor no leito se derrama
num frenesi que beira à loucura
O tempo, adormecido, não reclama;
enquanto nós trocamos ternas juras
segredos viram cinzas nessa chama
CHAMA - Lena Ferreira -
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