(Lena Ferreira)
É silencioso agora o canto
encontro um pueril encanto
recôndito contido de um ser
após, bravamente, desapegar-se
daqueles pavores excitáveis
desmemorando os torpes laços
rompendo com os vis apelos
Refreando o pulsar do medo
acorda a alma fera e feminina
em notas de ternura e acalanto
nos braços de quem lhe acalma
nos passos de quem tem alma
Atendendo ao chamado a tempo
o vento soprou tão manso; quase brisa
e abraçada a calma oferecida
descansa, mansa no seu canto
Seu canto de silêncio
encanto de silêncio
de silêncio
em silêncio
em si
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