segunda-feira, 15 de abril de 2013

DEUSA


Contemplemos esta noite que desfila
num vestido deslumbrante de mistérios
salpicado de brilhantes que cintilam
e transformam o momento em etéreo

Contemplemos esta dama dos segredos:
no silêncio sepulcral da madrugada
tanto grita, que acorda alguns dos medos
na alma incauta que transtorna, enluarada

Tão materna que, de uma forma estranha,
acalenta dores várias e cansaços
encobrindo com sua sombra tamanha
muitos nós dos sós e dos sóis, o mormaço

Deusa estranha, adornada pelo tempo
simples, fácil; frágil é seu movimento

DEUSA – Lena Ferreira – abril/13

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