SINTO
Às
vezes, me pego revendo os rabiscos e desenhos primários dos meus filhos
quando bem pequenos. São traços incertos, cores desencontradas,
pinturas desobedientes ao espaço imposto mas, gente, como são lindos!
Como são importantes para eles que fizeram e para mim que recebi, mesmo
que, a primeira vista, não fizessem sentido; me tocam e eu sinto, é o
que importa. Hoje, li uma mensagem que dizia mais ou menos assim: ''a
vida é da cor que a gente pinta.'' Diria que é, também, da cor que a
gente vê e que, traços, rabiscos e curvas, não precisam fazer sentido,
desde que nos façam sentir.
Lena Ferreira
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