segunda-feira, 22 de abril de 2013

CATORZE

Os catorze que aqui vão, sem disciplina
rasgam regras e não prestam continência
no quartel da academia de excelência:
mancos, pobres, loucos; babam na rotina

São catorze desafetos às retinas
embotadas e com pouca paciência;
logo deitam o selo de incompetência
no soldado que faz o que não domina

São catorze e mesmo presos pela rima
são tão livres por fazerem o que primam
mesmo com dura censura nessa forma

São catorze! Livres, sim, da pretensão
de alcançarem, seja um dia, o escalão
desejado pelos presos a uma norma

CATORZE - Lena Ferreira - abril/13

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