A luz de maio logo,
logo vai embora
antes que parta, deixa
em mim seu ar tão terno
me preparando para o
frio de um inverno
anunciado rigoroso e
com demora
Se não bastasse esse
rigor, lembro-me agora
da transição em
astrológico inferno
período em que,
covardemente, eu hiberno
mas dessa vez acordarei
o cinto e a espora
Cabeça erguida e
espinha reta, mesmo ao frio
combaterei em mim o que
causa arrepio
me resguardando, sempre
com coragem em punho
A luz de maio se
despede em vento breve
como um aceno, roça o
pensamento, leve;
abraço a calma do
momento e logo, junho
JUNHO – Lena Ferreira
– mai.14
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